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MENÇÃO HONROSA

Editorial Caminho atribui nova Menção Honrosa no AEP

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Mais uma aluna foi distinguida com uma Menção Honrosa no Concurso Uma Aventura… Literária 2023, promovido pela Editorial Caminho, na modalidade de Texto Original.

A Inês M. está de parabéns pela capacidade que demonstrou em distinguir-se numa edição tão disputada: 12.292 trabalhos a concurso.

No agrupamento, houve mais alunos a agarrarem este desafio literário com muito empenho, dedicação e criatividade, a saber: Carolina P., Joaquim C., Leonor C., Madalena C., Joana A., Leonor P. e Matilde M.

Parabéns a todos pela excelente prestação e, em especial, à Inês M. pela qualidade do seu trabalho e pelo reconhecimento obtido.

Para deliciar os leitores, publica-se o trabalho distinguido Uma aventura que chegou ao fim assim como os restantes, esperando contagiar mais alunos a expressar a sua voz literária.

Uma aventura que chegou ao fim

 

Entrei em casa e não te vi naquele teu cadeirão que, por sinal, eras só tu que nele se sentava. Por momentos, cheguei a pensar que seria apenas um pesadelo, mas não cheguei a acordar.

Não sabia onde te encontravas, não sabia se me vias, não sabia se me guiavas, não sabia se me ouvias, mas sabia que a saudade que crescia dentro de mim era diferente. Uma saudade cada vez mais profunda e dolorosa.

Sentei-me debaixo de uma oliveira e senti os olhos a ficarem humedecidos e, de repente, dei por mim de cabeça sobre os joelhos a pensar na nossa história. Uma história bonita, que fazia questão de recordá-la sempre com amor.

Vi-me crescer e a aprender a teu lado, guardando em mim cada memória, cada sorriso, cada lágrima. Vivias com uma doença que não te possibilitava certas atividades, mas lá estava eu, mesmo sem saber fazê-las, a tentar ajudar-te. Ajudar-te fazia parte do meu dia a dia e, mesmo não parecendo, esses pequenos gestos faziam de mim uma menina mais feliz.

Adorava jogar contigo às cartas, mesmo sabendo que me deixavas ganhar apenas para, mais uma vez, me veres com um sorriso nos lábios. Encantava-me ouvir-te falar das tuas histórias antigas, de todo o cenário que viveste na guerra, dos amigos que perdeste. E todas essas histórias foram uma descoberta para mim, ficando a saber mais sobre ti e do teu passado.

Os anos iam passando, o meu amor por ti ia aumentando e, por consequência, a tua doença ia piorando. Ao assistir a todos aqueles cenários, crescia em mim um misto de sentimentos, onde o que se destacava era a impotência. Impotência por não saber como ajudar-te no que quer que fosse.

Ias regularmente ao hospital e lá até tinhas pessoas a quem chamavas de “amigos do coração” e, mais uma vez, estava eu na fila da frente a ouvir-te retratar as cenas que com eles vivias naquele local.

Sofrimento. Era a palavra que vagueava na tua cabeça e na de todos nós. Inesperadamente ou talvez não, o telemóvel tocou e uma onda de tristeza invadiu-nos o coração. Depois de um Natal recheado de sorrisos e gargalhadas, deixaste-nos. Foi a pior fase da minha vida. Todos pareciam perceber a dor que do meu corpo se apoderava, mas não havia ninguém que compreendesse o sofrimento pelo qual estava a passar.

Nas semanas que se seguiram, antes de sair de casa, escolhia o meu melhor sorriso, para que não reparassem na angústia e sofrimento do rosto. Diariamente, era bombardeada por “sinto muito”, “ele está agora num lugar melhor”. Isso deixava-me ainda mais desgastada.

Agora, quando observo à minha volta, parece que tudo está igual: os carros na rua são os mesmos, a mobília das casas é a mesma, o brilho do sol é igualmente o mesmo, as caras que para mim sorriem são tal e qual as mesmas, mas, na realidade, nada está igual. Os carros envelheceram e estão, neste momento, prontos para a sucata, a mobília estragou-se, o brilho do sol já não aquece como outrora e as caras que me sorriam depressa foram embora.

É difícil para mim dizer-te que tenho ciúmes da chuva que cai sobre a tua pele, bem mais perto do que alguma vez as minhas mãos estiveram. Tenho ciúmes do vento que ondula as tuas roupas, bem mais perto que uma sombra. Tenho ciúmes das noites que sempre te veem, bem mais tempo do que os meus olhos viram. É difícil para mim dizer-te que tenho ciúmes da maneira como poderás estar feliz sem mim. Apesar de toda esta inveja que sinto, posso dizer que o orgulho de te ter podido chamar AVÔ é maior do que qualquer outro sentimento que possa existir.

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Inês M.

Uma aventura na floresta

 

Numa tarde muito quente de domingo, o Martim, a Matilde e a Jéssica foram dar um passeio pela floresta para fazer um trabalho de grupo. Tinham que identificar as espécies que existiam nesse local porque andavam a estudar a biodiversidade e as plantas.

Os pais recomendaram-lhes que não se afastassem muito e que levassem chapéus e água. Levaram binóculos, uma máquina fotográfica, um bloco de notas, um guia de plantas, uma lupa, uma caixa de papelão e umas luvas.

Pelo caminho, iam tomando notas e fotografando as espécies que viam, apontando o local. Na caixa, guardavam folhas das árvores que encontravam para depois mostrarem à turma. De repente, quando estavam muito atentos, observando com a lupa um bocado de musgo, ouviram uns estalidos e sentiram um cheiro a fumo. Puseram-se em pé, procurando ver de onde vinha aquele fumo e aquele barulho.

O céu estava a ficar cinzento e já sentiam o fumo na garganta, ao respirar. Começaram a gritar ao mesmo tempo, correndo um para cada lado:

– Socorro! Está tudo a arder!

O Martim parou e disse aos colegas:

– Vamos manter-nos calmos, sem nos separar, e vamos tentar sair daqui.

– Sim! – disse a Matilde –  E temos que ir chamar os bombeiros.

Sempre muito juntos, tentaram dirigir-se para o caminho de casa, mas começaram a ficar cercados pelo fogo. À sua volta, ouviam os gritos e pios dos animais que tentavam também salvar-se. Os pássaros voavam de um lado para o outro, muito aflitos, e um coelho passou por eles aos saltos, fugindo das chamas. Sem hesitar, os três amigos seguiram-no, mas logo o perderam de vista.

Com muita dificuldade, foram andando até que chegaram ao ribeiro. O fogo não iria chegar ali de certeza, pois só havia carvalhos, freixos, choupos e amieiros, árvores a quem chamam “bombeiras” porque dificilmente ardem, protegendo assim o resto da floresta. Ali, ficariam seguros até que alguém os socorresse.

–  Se calhar, ninguém viu ainda o incêndio, temos que chamar os bombeiros! – disse a Jéssica.

 – Se seguirmos sempre pelo ribeiro e subirmos o monte, vamos ter à aldeia! – exclamou o Martim.

Sempre juntos, segurando bem os seus materiais e a caixa de folhas recolhidas, foram correndo pelas margens até que chegaram à casa do senhor Manuel, um senhor já velhinho que quase nunca saía de casa. Ele poderia ajudá-los a chamar os bombeiros. Exaustos, bateram à porta com força e o senhor Manuel apareceu, intrigado com aquela barulheira.

– Mas que se passa? – perguntou ele.

– Por favor, senhor Manuel, chame depressa os bombeiros porque há um incêndio na floresta! Se não fizermos nada, haverá uma catástrofe!

O senhor Manuel estava surpreendido por ninguém ter dado conta ainda. Pegou no telefone e ligou para o 117, passando as informações que os três amigos lhe deram. Esperaram então ansiosos pela ajuda.

Em poucos minutos, ouviram as sirenes que se aproximavam. Como a casa ficava no cimo do monte, de lá, viam tudo. Viram os bombeiros a chegar e a esticar umas grandes mangueiras, que lançavam muita água. Daí a pouco, já não se viam chamas, apenas o fumo no ar. Ardeu apenas uma parte da floresta, onde havia pinheiros e eucaliptos. Ainda bem, porque aí não havia muitos ninhos nem muitos animais. O resto da floresta salvou-se.

Na volta, os bombeiros passaram pela casa do senhor Manuel e deram os parabéns aos três amigos por terem sido tão corajosos. E para chegarem mais depressa a casa, foram de boleia no camião dos bombeiros. Eles adoraram.

Os pais receberam-nos com um grande abraço, aliviados por tudo ter acabado bem e muito orgulhosos por eles terem sido os salvadores da floresta.

Joaquim C.

Uma aventura no mosteiro

 

Certo dia, numa fria manhã de janeiro, após o Natal, três homens encapuzados invadiram um mosteiro na capital. Vários monges e freiras viviam nesse edifício, localizado fora da malha urbana da cidade. Aí trabalhavam e oravam. Levavam uma vida de total afastamento da sociedade.

Ainda era notório o espírito natalício no mosteiro. Havia luzinhas a brilhar, o presépio continuava montado lá fora, os monges cantavam músicas de Natal, que se ouviam ao longo dos corredores e dos diferentes pisos.

Eram cerca das 10h45 da manhã quando três elementos de um gangue irromperam pelo mosteiro adentro. Dois dos assaltantes fizeram-se passar por monges.

De aparência normal, vestidos a rigor, usando o hábito religioso, entraram no mosteiro. Circularam por vários locais. Estiveram na capela, na igreja, no celeiro, nos moinhos, na adega, nas oficinas para roubarem tudo o que fosse de valor.

Durante o roubo, um dos assaltantes encapuzados fez vários disparos para o ar, da porta da capela, para alegadamente assustar os monges e as freiras que calmamente deambulavam pelo mosteiro. Dois dos elementos do grupo ficaram na posse dos objetos de ouro e prata.

Depois de terem roubado todo o tipo de coisas com algum valor, os ladrões encapuzados e armados distribuíram-se por diferentes espaços da capela, tendo um deles permanecido à porta para impedir a entrada eventual de monges ou freiras. Outro dirigiu-se rapidamente à parte de trás da capela para roubar os mais antigos e valiosos objetos ali expostos: cálices, patenas, crucifixos, estatuetas, etc. No entanto, no desenrolar da invasão, contou com a resistência de uma das freiras que, com um ar histérico e de grande porte, tentou impedi-lo, levando o encapuzado que se encontrava a vigiar a porta de entrada a efetuar um disparo, mesmo estando no interior de um lugar sagrado. O tiro atingiu um dos candelabros mais valiosos da capela. Acabou por cair, despedaçando-se as pedras preciosas que nele havia. Houve muitos estragos. Porém, sem vítimas.

Entretanto, as quatro freiras que rezavam na capela antes de tudo acontecer e que ficaram reféns estavam cheias de medo. Uma delas, acompanhada por livros, entrou em pânico e, com falta de ar, teve de recorrer ao seu nebulímetro para conseguir controlar a respiração. Outra, devota certamente, agarrou-se a um crucifixo que restava e, sentada no chão, de costas encostadas à parede fria e de olhos fechados, começou a rezar em voz baixinha.

De repente, algo insólito aconteceu. Dada a grande agitação das freiras, os ladrões, que realizavam um assalto pela primeira vez, ficaram preocupados com elas.

Então as religiosas aperceberam-se disso e encheram-se de coragem. Duas delas foram de encontro ao encapuzado que vigiava a porta de entrada e pularam-lhe para cima. Ele cambaleou para trás e acabou por cair. As outras duas envolveram-se numa briga perigosa com o assaltante. Tinham perdido as estribeiras. Quem as via dizia que estavam possuídas pelo mal e que o diabo lhes tinha entrado pelo corpo. As freiras conseguiram assim derrotar os ladrões, amarrando-os prontamente.

Foi então que elas lhes perguntaram o porquê de eles terem invadido o mosteiro e terem tentado roubar os objetos de maior valor. Eles hesitaram inicialmente, mas depois ganharam coragem e acabaram por lhes contar a verdade. Relataram o Natal triste que tiveram por não conseguirem oferecer os presentes que os filhos tanto queriam, relataram a modesta ceia de Natal por falta de dinheiro, relataram as dificuldades do dia a dia.

As freiras, muito apreensivas e tristes porque os ladrões não conseguiram oferecer os presentes tão desejados pelos filhos, falaram com os monges e combinaram que não apresentariam queixa caso houvesse da parte dos ladrões devolução dos roubos e colaboração na limpeza dos estragos.

Os ladrões assim fizeram e agradeceram por não terem sido denunciados. Voltando para as suas casas, sentiram-se bem por não terem cometido um erro maior, que os levasse à prisão. Daí em diante, passaram a ir às missas desse mosteiro todos os domingos e auxiliavam sempre os monges e as freiras nas tarefas que eles precisassem. Uma aproximação feliz entre leigos e religiosos.

Assim se passou “Uma Aventura no Mosteiro” e, mesmo com roubos e disparos, foi uma aventura em grande, pois nunca se tinha passado nada lá.

Joana A.

Uma aventura na 3.ª idade

 

Era uma vez uma velha de 82 anos que vivia sozinha num prédio dos mais chiques e muito caros de Madrid. Tinha um cão Corgi (a raça de cães preferida da rainha Elizabeth II) e muitos vizinhos famosos como o Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro. Gostava de tocar vários instrumentos, mas o seu preferido era o piano. Só nessa casa tinha três pianos.

Adorava um dos seus vizinhos, pois, quando o elevador avariava, ele ajudava-a a levar as suas coisas. O que ela não sabia era que o senhor Marcelino a admirava há já muito tempo.

No dia 08 de dezembro de 2021, uma grande catástrofe atingiu o prédio da dona Nísia Pombinha Leitão. Logo pela manhã, começou a cheirar a queimado. Foi ver o fogão, mas estava desligado e o aquecedor também. Havia um incêndio no seu prédio. Ficou desesperada e não sabia o que fazer, mas conseguiu ligar para os bombeiros. Estes, assim que chegaram, evacuaram o prédio e ela, quando chegou à ambulância, perguntou logo pelo senhor Marcelino. No entanto, ele ainda estava no prédio e tinha sido no seu apartamento que o fogo tinha começado.

Quando finalmente o conseguiram retirar, estava inconsciente por ter inalado muito fumo. Foi levado diretamente para o Hospital de la Princesa para que pudesse receber tratamento médico. No hospital, dona Nísia teve que fazer análises, exames e medicação (soro), mas estava bem-disposta. O senhor Marcelino é que não estava tão bem como a dona Nísia, pois tinha feito uma queimadura gravíssima de primeiro grau e também tinha partido uma perna.

Dona Nísia estava mais preocupada com o seu amor do que com ela própria. O senhor Marcelino tinha de ficar pelo menos um mês no hospital para recuperar.

Ela também ficou algum tempo, mas, quando saiu, foi a casa ver o seu animal de estimação. Ao entrar, foi recebida com muitas lambidelas e também com muito amor do seu Corgi. Deu-lhe de comer, água e foi passeá-lo. Durante a sua ausência, uma amiga cuidou do animal para que ele não se tornasse um cão vadio.

Do incêndio apenas restava  a casa do senhor Marcelino totalmente ardida. Todas as outras já estavam habitáveis. Voltou e foi diretamente para o Hospital de la Princesa ver como estava o seu amado.

O senhor Marcelino estava num quarto sozinho e tinha acordado há cerca de quinze minutos. Dona Nísia, quando o viu, ficou muito feliz, pois podia falar com ele. As primeiras palavras que ele lhe disse foram “Nísia, meu amor!”. Ela ficou surpreendida, perguntou-lhe se estava tudo bem e obteve uma outra resposta inesperada. Ele, com palavras verdadeiras e belas, passou-lhe esta mensagem “Com a tua presença, estou sempre muito melhor.”.

Passadas duas semanas, o senhor Marcelino estava a recuperar muito bem. Um dia, quando a velha dos pianos entrou no quarto do doente, ele estava acompanhado por uma das enfermeiras que ele mais gostava. Esta foi informá-los de que o senhor Marcelino Manuel Marques Relvas tinha alta médica e podia ir para casa.

Dona Nísia aproveitou para o informar de que a sua casinha tinha sido destruída pelas chamas. Ao ouvir isto, a enfermeira ficou preocupada com o destino do seu doente. Se não tinha casa, então não poderia sair do Hospital. Tal só poderia acontecer se algum familiar o acolhesse. Mas o senhor há muito que tinha perdido os familiares mais próximos. Perante esta situação, Dona Nísia não hesitou em convidá-lo para viver consigo. 

E assim foi. Quando chegaram ao apartamento, Dona Nísia mostrou-lhe a casa e apresentou-lhe o seu amigo de quatro patas. O animal simpatizou logo com o novo habitante da casa. A última divisão a ser conhecida foi a sala de música, onde Dona Nísia tinha os seus instrumentos musicais e onde tocava piano todas as noites.

O tempo foi passando, o senhor Marcelino já estava completamente recuperado e cada vez mais se sentiam bem a viver juntos. A sua casa foi recuperada, mas ele não se mudou para lá. Afinal, estavam ambos a ficar velhotes e a vida em conjunto era mais fácil.

No verão, decidiram fazer uma viagem pela Europa e assistir a um concerto de música clássica em Viena de Áustria. Dona Nísia ficou encantada com a sala de espetáculos, com os músicos e com toda a decoração. Parecia um conto de fadas.

Voltaram de férias e continuaram felizes na companhia do cão Corgi.

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Madalena C.

Uma aventura na véspera de Natal

 

Glinda era uma menina de 9 anos, que vivia com a mãe e a avó. Ela gostava de se mascarar no Halloween, gostava de comer chocolates na Páscoa e também gostava de se divertir e comer bolo no seu aniversário, no entanto, havia uma época do ano que lhe roubava o coração, o Natal.

Todos os anos preparava a casa com a mãe para a época especial e, este ano, não foi exceção. Glinda, ou como a avó lhe chama “Glindinha”, acordou no dia 1 de dezembro preocupada em fazer os TPC de Matemática, por isso, tomou o pequeno-almoço rapidamente e foi logo para a secretária fazer os trabalhos. Enquanto isso, a avó Chica tricotava camisolas para oferecer a todos os membros da família, como fazia todos os anos. A mãe de Glinda, Sara, foi buscar à arrecadação a árvore de Natal, a caixa cheia de enfeites e luzes e o presépio. Terminado o TPC, Glinda ajudou a mãe a enfeitar a casa. Montaram primeiro a árvore de Natal juntas e ligaram as luzes. Também montaram o presépio e espalharam enfeites natalícios pela casa. Mais tarde, fizeram bolachas com várias formas para oferecer aos vizinhos. A avó Chica também ajudou.

Depois de um longo dia de preparativos, Glinda finalmente foi dormir. Mas havia algo que a mantinha acordada, porque apesar de a sua casa já estar preparada para a véspera de Natal, Glinda achava que faltava alguma coisa: escrever a carta ao Pai Natal. Mesmo sabendo que já era muito tarde, decidiu escrevê-la. Acendeu a luz, calçou as pantufas, foi buscar canetas e uma folha e sentou-se à mesa. Quando acabou de escrever, Glinda releu a carta para verificar se não havia nenhum erro. Erguendo-se, a menina leu a carta em voz baixa:

“Querido Pai Natal,

Em todos os meus 9 anos de vida, sempre recebi brinquedos e roupas novas e, sinceramente, este ano, não quero pedir brinquedo nenhum. Estive a pensar e, mesmo que eu receba uma boneca e goste muito dela, um dia eu vou deixar de brincar com ela. Por isso, este ano, quero pedir-lhe um emprego como ajudante na noite de Natal para entregar os presentes a toda a gente. Como a minha mãe me explicou, um emprego é um trabalho que nós escolhemos ter e que nos dá algo em troca. Eu quero muito trabalhar consigo.

                                                        Beijinhos e feliz Natal!”

Decidida a ser ajudante do Pai Natal, Glindinha guardou a carta numa gaveta e foi dormir. Na manhã seguinte, foi ter com a mãe e disse:

– Mãe, escrevi a minha carta ao Pai Natal. Podemos ir aos Correios entregá-la?

– Sim, vamos agora. – disse a mãe parecendo muito cansada.

E lá foram as duas a caminho dos Correios. A mãe de Glinda estava tão cansada que nem sequer perguntou à filha o que tinha pedido ao Pai Natal. Por isso, mal sabia ela que a filha podia vir a tornar-se ajudante do Pai Natal na entrega de presentes.

Glindinha esperou pacientemente pela véspera de Natal. Contava a toda a gente que queria ser ajudante do Pai Natal e toda a gente se ria da inocência da menina. A única que desconhecia o pedido de Glinda era a mãe. Chegada a véspera de Natal, Glinda estava preparadíssima para que o Pai Natal a levasse consigo. No entanto, o tempo passava e o Pai Natal não chegava. Glinda já tinha perdido as esperanças quando ouviu dois barulhos na janela. Era o Pai Natal que estava lá fora. Disse-lhe que tinha lido a carta dela e lá foram os dois distribuir presentes por várias crianças do mundo.

Glinda saíra de casa durante muitas horas. A mãe e todos na família já estavam muito preocupados com ela. Quando o Pai Natal a trouxe de volta a casa, Glinda perguntou-lhe se ela podia ser sua ajudante para sempre, mas ele recusou porque afinal a menina precisava de aproveitar a infância. A menina acabou por perceber e aceitar.

Entretanto, a sua mãe apareceu e perguntou-lhe o que acontecera. Glinda disse-lhe a verdade com receio de que a mãe se zangasse. Apesar de ter apanhado um grande susto, a mãe não se aborreceu e até estava orgulhosa da filha. Sabia que estava muito feliz.

Leonor C.

Uma aventura de sonho

 

Ana era uma jovem e simples camponesa que sonhava ser rainha. Era filha de uma família pobre, com sete descendentes, sendo Ana uma das mais velhas. Enquanto esse sonho não se concretizava, ela ajudava a família e contentava-se com os seus hobbies nos tempos livres, desenhar animais e a natureza.

Ana passava parte do dia nos afazeres domésticos. De seguida, dirigia-se à praça principal, onde polia o calçado da gente fina. Assim ganhava alguns trocados para ajudar a sustentar os seis irmãos, que moravam com ela. Regressava a casa acompanhada pelo breu da noite e o brilho das estrelas. Em casa, deparava-se sempre com o mesmo cenário, o pai cachimbando, a mãe a preparar um modesto jantar e os irmãos todos a brincar com brinquedos de madeira, palha e trapos velhos.

Um dia, quando estava a polir sapatos, a jovem camponesa reparou num rapaz com o cabelo cor de cenoura e olhos verdes safira. Tinha a pele clara e a cara salpicada de sardas. Vestia um luxuoso fato preto com detalhes doirados e uma camisa branca, trazia calçado um par de sapatos negros elegantes, que necessitavam de ser polidos.

A rapariga decidiu abordar o rapaz e perguntar-lhe se poderia polir os seus sapatos. O rapaz respondeu que sim e Ana, curiosa como era, perguntou-lhe o nome e a idade. Chamava-se Lukas, com “K”, e tinha 16 anos. Este soube depois o nome da jovem rapariga e que tinham a mesma idade. Achou-a muito bonita apesar da sua condição.

Quando chegou a casa, para sua surpresa, Ana não viu a mãe nem os três irmãos mais novos. Soube pelo pai que tinham ido para casa da avó materna, que estava gravemente doente. Ela e a irmã mais velha, Esmeralda, passaram a coordenar a casa enquanto o pai trabalhava no campo com Mateus e Xavier, os gémeos.

Certo dia, quando Esmeralda estava orientada com a casa, Ana decidiu dar um passeio pelo campo e levou o caderno onde costumava desenhar. Ficou encantada com as margaridas, o rosmaninho e os lírios. O sol brilhava e refletia nas pétalas das margaridas. Ana empoleirou-se num tronco espaçoso. Algum tempo depois, ouviu um alvoroço e pôs-se à escuta.

De repente, viu um lindo cavalo, com um dorso negro e uma crina nevada. Reparou que o cavalo tinha na coxa uma marcação feita com ferros quentes e, através dela, descobriu que pertencia à família real. Antes de o devolver, a rapariga decidiu fazer um esboço dele.

Depois montou-se no cavalo e foi até aos portões do palácio. Assim que lá chegou, os guardas reconheceram logo o animal e informaram a rainha de que uma jovem rapariga encontrara o seu cavalo preferido. A rainha pediu que ela entrasse e ofereceu-lhe um chá com biscoitos de manteiga.

Ouviu a história da jovem e comoveu-se com a vida difícil que levava. Ana ofereceu-lhe o esboço que fizera do cavalo da rainha. Encantada com o talento artístico da rapariga, a rainha mandou chamar o filho para lhe mostrar o trabalho. Os olhares de Ana e Lukas voltaram a cruzar-se e houve o mesmo brilho intenso entre eles.

A rainha percebeu que já se conheciam. Esperaram pela maioridade e a rainha consentiu no casamento. Tiveram três filhos e, anos mais tarde, Ana tornou-se rainha, vivendo assim o seu sonho de menina.

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Carolina P.

Uma aventura fantasista

 

Era mais um dia normal na vida de Helena, uma adolescente de 17 anos que perdeu os pais e tenta agora encontrar-se novamente.

Helena todos os finais de tarde ia ao cemitério, depois das aulas, escrever no diário ao lado das campas dos pais, pois era o momento em que ela refletia sobre o seu dia e tentava sair daquela bolha de tristeza em que andava devido à grande perda.

Certo dia, enquanto Helena estava a escrever no diário, apareceu um corvo e ficou ali a olhar para ela durante algum tempo, mas ela não se apercebera e continuou mergulhada nos seus profundos pensamentos. Entretanto, esse corvo passou a aparecer sempre à mesma hora e Helena estranhou.

Na turma desta adolescente, entrara um novo aluno a meio do período. Era sombrio, transmitia escuridão e parecia misterioso. Helena, como andava tão distante de tudo e de todos, nem se apercebeu do acontecimento. Foi ele, Alexandre, o rapaz que acabara de chegar, que a abordou e lhe disse que a tinha visto no cemitério a chorar. Ele perguntou-lhe se estava tudo bem com ela e o que lhe acontecera para a ter visto naquele estado. Ela ficou sem reação. Nunca vira ninguém quando lá estava, no entanto, acabou por contar-lhe toda a sua história.

Os dias foram passando sem que nada de especial acontecesse. Helena e Alexandre trocavam olhares constantemente e, nas aulas de História, quando a professora perguntava algo sobre o passado, Alexandre sabia sempre tudo com uma notável precisão. Porém, não era nisso que ela reparava, mas no quão atraente o achava, por ser reservado. Parecia que escondia algo.

Lentamente, foram-se aproximando até que ele passou a frequentar a casa de Helena, mas nunca o contrário. Ela não se importava, pois ele era um grande apoio na sua vida naquele momento e acabava por ser uma boa distração.

Um dia, Alexandre convidou Helena para irem jantar fora. Estranhamente, ele acabou por não comer nada. Dado o ambiente romântico que se criou entre eles, Helena associou a falta de apetite do rapaz a um possível prazer inebriante por estarem juntos. No final, foram ambos para casa dele. Helena achou tudo muito estranho. Além da casa ser bastante distante da cidade, era enorme. Uma autêntica mansão. E não tinha cozinha.

Helena, quando regressou a sua casa, correu para a cama, onde estava o diário, e começou imediatamente a registar tudo o que vira e aquilo que sentia. Agora sim, começava a achar Alexandre muito sinistro. Ficou até de pé atrás.

Nada que os seus amigos de infância, aqueles de quem se afastara após o falecimento dos pais, não lhe tivessem já dito. Desde o princípio que nunca a apoiaram nesta nova amizade. Principalmente Andreia, a sua melhor amiga. O certo é que Alexandre se tornou uma droga para Helena. Quando estava com ele, esquecia-se do mundo e de todos os problemas.

Alexandre tinha um irmão, Salvador, considerado um tanto ou quanto problemático. Embora mais velho que Alexandre, era este quem cuidava dele. Quando Helena ia lá a casa, Alexandre rezava sempre para que o irmão nunca aparecesse.

Salvador, ao perceber que Alexandre tinha uma suposta namorada, certo dia, abordou-a e fez questão de se apresentar. Foi numa altura em que Helena estava em casa deles e saiu à noite para colocar o lixo no caixote. Alexandre não soube de nada. Helena ficou preocupada ao ouvir o irmão de Alexandre dizer que este escondia um grande segredo e que ela devia ter cuidado. Desapareceu num piscar de olhos, sem que ela tivesse oportunidade de perguntar o que quer que fosse. Helena entrou em casa e decidiu que enquanto não descobrisse quem afinal ele era, não descansaria.

Começou a seguir Alexandre, sem que este percebesse, para quase todos os lados. Começou a achar os seus comportamentos estranhos e começou a juntar argumentos para ir falar com ele.

Quando esse dia chegou, Helena estava nervosíssima e curiosa. Enfrentou-o e apesar de ele, no início, fugir ao assunto, depois lá acabou por lhe contar a sua história. Helena soube que Alexandre não era humano, mas sim um vampiro e que não se alimentava de comida, mas sim de sangue. Soube também que tinha 1000 anos e soube ainda que o corvo que a observava no cemitério era ele.

Helena tinha tantas perguntas para lhe colocar e tantas dúvidas para esclarecer que nem sabia por onde começar. Assim que abriu a boca, acordou. Felizmente, tudo não passou de um sonho.

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Matilde M.

Uma aventura inesperada

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A começos do mês de setembro, Sofia, uma jovem apática e observadora, iniciava o estágio de enfermagem no hospital da cidade de Aveiro. Numa tarde calma, quando o céu estava limpo e se avistavam pessoas a vaguear pelo parque da cidade, Sofia apressava-se para chegar pontualmente ao primeiro dia de estágio. Na inquietação, acabou por chocar contra um rapaz que ia no rumo inverso. O jovem era alto, tinha cabelos escuros e olhos meigos esverdeados e carregava uma certa quantidade de cadernos nos braços. Os seus olhares cruzaram-se instantaneamente, no entanto, Sofia não tinha tempo a desperdiçar e continuou o seu caminho após pedir desculpa por aquele incidente.

Instantes após chegar ao hospital, Sofia trocou de roupa e dirigiu-se à receção do local onde receberia as indicações do que teria de fazer. Ao chegar ao quarto do seu primeiro paciente, avistou uma imagem que lhe parecia familiar. Tinha cerca de 1,80m de altura e os mesmos cabelos escuros. Era o jovem com quem se havia cruzado havia alguns minutos.

Tu outra vez? Andamos a cruzar-nos pouco ultimamente! disse ele de modo irónico.

Ela soltou um leve sorriso, mas não saíram palavras. Já ele pigarreou e, em seguida, disse:

Chamo-me Miguel, sou enfermeiro neste hospital. Penso que sejas a nova residente. Hoje vais trabalhar em dupla comigo, se te conseguires safar sozinha, penso que, na próxima semana, já possas começar individualmente.

Ela concordou com a cabeça e não trocaram muitas mais palavras durante esse dia. No entanto, sentia que ele a olhava de uma maneira diferente. Olhava-a com cuidado e certa admiração. Semanas se passaram, mas nada acontecera. Porém, havia alguns assuntos que a andavam a perturbar dia após dia. Decidiu subir ao terraço do hospital para tentar desanuviar. Sentada no parapeito a ver as luzes que iluminavam a cidade, sentiu que alguém se aproximava e olhou para trás.

O que estás aqui a fazer? – perguntou após ver Miguel.

Vi-te a sair um pouco desorientada e preocupei-me. Está tudo bem? – perguntou com uma voz calma. Por alguma razão, depois da chegada dele sentiu-se melhor e segura, sentiu-se bem. Sentiu-se em casa.

Eu estou bem. Tens pacientes para atender, ainda por cima é terça-feira e o hospital está cheio.

Ele negou com a cabeça e sentou-se ao seu lado.

Já atendi tudo o que me competia. Agora esta paciente precisa de mim. – disse cutucando-lhe o ombro.

Ficaram a conversar e perderam completamente a noção do tempo. Falar com ele era como uma cura imediata, sentia-se admirada e segura embora não soubesse bem o porquê, só se conheciam há umas semanas. Aperceberam-se de que o tempo tinha passado num piscar de olhos quando ela ouviu o seu alarme tocar, indicando que o turno terminara. Despediram-se brevemente embora por vontade dela pudesse ficar nessa noite o resto dos seus dias.

As semanas que se seguiram foram especiais. Havia uma química e uma conexão que nenhum deles conseguiria explicar se quisesse. Num dos encontros no terraço daquele hospital, ele beijou-a e, desde então, ela soube que se estava a apaixonar. Miguel era alegre e o seu olhar puro incandescia o coração dela.

Numa madrugada chuvosa, depois de sair do seu turno, Sofia perdeu o controlo do volante e acabou por ter um acidente grave. Ouviram-se as sirenes da ambulância a chegar ao hospital. Abriram-se as portas e o ambiente era agitado e confuso. Sofia foi levada para o bloco operatório, mas não resistiu. Numa terça-feira tardia, Miguel, depois de terminar o turno, dirigiu-se ao cemitério indo de encontro à campa de Sofia. Era a primeira vez que este a via após o funeral. Na sepultura estavam dezenas de homenagens deixadas pelos que lhe tinham especial apego. Miguel sentou-se de frente para a campa de Sofia e passou a mão pela pedra de mármore que a vedava. Após contemplar aquela imagem, Miguel retirou uma folha de papel do bolso, desdobrou-a e, ignorando as lágrimas que começavam a surgir, citou numa voz trémula:

Foste as notas mais lindas e delicadas do piano.

Foste o silêncio de uma multidão escandalosa.

Foste o meu suspiro de calma.

Foste o meu lar quando procurava teto.

Foste o sol ao fim de tarde de um domingo.

Foste minha.

Foste meu ser.

Apesar de ser, foste.

E agradeço por teres sido.

E o que hoje sou

E ontem fui

A ti te devo.

Foste e sempre serás

O meu maior apego.

Com a tua partida percebi

Que não somos nada.

Nada além de tempo.

Pouco ou muito

Longo ou curto

Apenas tempo.

Tempo esse que não espera

Mas fica na lembrança

Que o meu coração me força a guardar

E guardei aquela terça-feira

Quando soube o que era amar.

​

Leonor P.

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DIA MUNDIAL DO LIVRO

em títulos

Desafio (3.º Ciclo): Usar como partes de frases os títulos de três livros num texto de 77 palavras.

 

​

Capuchinho Vermelho, dos  Irmãos Grimm

Os Três Porquinhos, conto divulgado por Joseph Jacobs

O Gato das Botas, de Charles Perrault

 

Numa noite, um menino, de capuchino vermelho, andava em direção à casa do seu tio. Esta era bonita, feita de madeira, com um quintal onde criava uns leitões que pareciam os três porquinhosNo entanto, o tio também tinha um gato muito velho, grande e cor de laranja, apelidado pela família toda de Gato das Botas, por causa da sua cor. Este gato não gostava de ninguém, andava sempre de mau humor e com cara de amuado.

                                                           

                                                          Mariana R.

Ulisses, de Maria Alberta Menéres 

Romeu e Julieta, de William Shakespeare

Isto Acaba Aqui, de Colleen Hoover

 

Certo dia, três amigos, Ulisses, Romeu e Julieta, foram acampar num domingo de Páscoa. Romeu decidiu ir à pesca. Ulisses e Julieta ficaram na tenda. Depois de uma troca de olhares, Julieta aproximou-se de Ulisses e deu-lhe um beijo. Ele ficou apreensivo, mas não hesitou. Uns momentos depois, regressou Romeu da pesca e deparou-se com tamanha deslealdade. Sentiu-se duplamente traído. Julieta minimizou a situação, dizendo ter sido um impulso. Romeu, irritado, gritou-lhe bem alto “Isto acaba aqui!”.

 

Sofia N. e David V.

Uma aventura no Porto, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Torre dos Clérigos: uma história de granito, de Secundino Cunha

Em busca de um final feliz, de Katherine Booc

 

Era uma vez dois melhores amigos, um rapaz e uma rapariga, que foram juntos de viagem. Partiram em busca de uma aventura no Porto, cidade que não conheciam. Eram inseparáveis. De há algum tempo para cá, ele começou a gostar dela, mas não tinha coragem de lho dizer. No último dia, venceu o receio e declarou-se. Foi na Torre dos Clérigos: uma história de granito misturou-se com uma história de amor, em busca de um final feliz.

 

David P. e Dinis P.

A nossa casa, de Louise Candlish

Romeu e Julieta, de William Shakespeare

Todos os dias são para sempre, de Raul Minh'alma

 

Quatro ocas paredes nem sempre são a nossa casa. A minha distingue-se das demais, tem a calma de um domingo tardio, um sorriso incandescente, olhos radiantes. Nela anseio viver amor aceso como o de Romeu e Julieta. Porque de amor não se fala, sem antes nele tropeçar, por não haver palavras que o descrevam. Porque temos de o viver, aprender, escutar e, acima de tudo, desfrutar. Porque sei que contigo todos os dias são para sempre.

​

Leonor P.

Missão quase impossível, de Margarida Fonseca Santos e Maria Teresa Maia Gonzalez

Os segredos da pesca, de Armando Dechamps

Mares encrespados, de José Luís Outono

 

Lá iam os bravos marinheiros por mares amaldiçoados em busca de uma missão quase impossível. Há 150 anos que se iniciaram as tentativas desta missão, mas ainda ninguém tinha descoberto os segredos da pesca da baleia. Só os mais corajosos navegavam por aqueles mares. Tempestades, ondulações colossais, ataques a barcos. Poucos marinheiros saíam de lá com vida. Todos esses desastres e prejuízos eram causados pelo pior pesadelo dos marinheiros, o implacável e gigantesco rei dos mares encrespados.

​

Dinis P.

Café de gatos, de Charlie Jonas

Baunilha e Chocolate, de Sveva Casati Modignani

Isto acaba aqui, de Colleen Hoover

 

Certo dia, em Tóquio, num café de gatos, dois habituais clientes, Baunilha e Chocolate, portaram-se muito mal.

Sorrateiramente, fugiram para a cozinha. Instalou-se o caos. Depois de queimarem as patas dianteiras no grelhador elétrico, procuraram gelo. Abriram a porta do congelador e atacaram os gelados de sardinha, de tentáculos de polvo e de barbatanas de raia.

Chega o chefe e fica chocado com o que vê: os seus gelados a serem devorados. Desesperado, berrou “Isto acaba aqui!”.

​

Madalena C., Mariana C. e Martim G.

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, Luis Sepúlveda

Uma aventura fantástica, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

Missão quase impossível, de Margarida Fonseca Santos e Maria Teresa Maia Gonzalez

 

Um dia, enquanto Jonas lia a História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, alguém bateu à porta de sua casa para lhe dizer que o primo desaparecera. “Seria uma aventura fantástica encontrá-lo, pensou.” Mas, Jonas não se preocupou muito com a situação.

Duas semanas depois, decidiu intervir. Ajudou a polícia, porém parecia-lhe uma missão quase impossível. Onde andaria o primo?

Depois de muitas buscas, descobriram que estava nas Maldivas a passar férias.

 

Carolina P., Miguel S. e Vítor L.

Foi sem querer que te quis, de Raul Minh'alma

Uma escolha por amor, de Nicholas Sparks

A melodia do adeus, de Nicholas Sparks

 

Ao piano, penso em como poderia ter sido diferente se as escolhas que fiz não me tivessem deixado no estado lastimável em que me encontro. Foi sem querer que te quis, foi sem querer que me apaixonei pela grandiosidade da tua alma.

Uma escolha por amor pode mudar a perspetiva do sentimento que tende a desperdiçar corações e, em momentos como este, só a música me traz felicidade.

Sozinha, termino a nossa melodia, a melodia do adeus.

​

Inês M.

À primeira vista, de Nicholas Sparks

Está nas tuas mãos, de Margarida Fonseca Santos

A culpa é das estrelas, de John Green

 

Passaram cinco anos. Nem chamadas nem mensagens atendeste ou respondeste. Nada. Partiste sem avisar. Fiquei só.

Sempre culpei o amor à primeira vista. Agora está nas tuas mãos o que queres fazer. A decisão é tua. Nunca pensei que tivéssemos um fim. Tantas vezes imaginei que ficaríamos para sempre juntos.

Neste momento, só me restam lembranças do que um dia fomos e do que vivemos. A culpa é das estrelas, que me fizeram acreditar no amor eterno.

​

Beatriz M. e Luís V.

Mistérios, de Matilde Rosa Araújo

O homicídio perfeito, de Holly Jackson

As pequenas grandes coisas da vida, de Henry Fraser

 

Numa cidade de mistérios, vivia Miguel, um rapaz que se dizia ser estranho, desde que foi apanhado a planear o homicídio perfeito.

Ele queria matar a irmã, pois quando esta nasceu, tudo mudou em casa. Deixou de ser o centro das atenções da família.

Entretanto, os pais descobriram o plano e levaram-no para um hospício. Lá explicaram-lhe as pequenas grandes coisas da vida, o que o fez perceber a importância da vida e o valor dos irmãos.

​

Janne B. e Dinis M.

Tudo me lembra de ti, de Colleen Hoover

Odeio amar-te, de Ali Hazelwood

Isto acaba aqui, de Colleen Hoover

 

No dia em que te conheci, apaixonei-me.

Agora que te foste embora, tudo me lembra de ti. Os nossos passeios de fim de tarde a ver o por do sol, as grandes surpresas ao jantar e os teus carinhos.

Posso gostar muito de ti, mas odeio amar-te. Tudo porque descobri todas aquelas mentiras, traições e saídas com os amigos. Naquele dia, quando te confrontei e admitiste tudo, pensei “Isto acaba aqui.”. Todo o início tem um fim.

​

Ana B. e Matilde C.

A distância entre nós, de Rachel Lippincott, Mikki Daughtry e Tobias Iaconis

O comboio da esperança, de Gill Thompson 

A culpa é das estrelas, de John Green

 

E foi naquela noite que a distância entre nós aumentou. Porquê? Porque é que tinha de ser assim? O meu coração ficou partido ao ver-te entrar no comboio da esperança. Fiquei sem saber o rumo a tomar naquela paragem deserta. Iluminado só pela luz das estrelas. Sem ter ninguém a quem atribuir a culpa de te teres ido embora. Pensei no futuro sem ti. Isso faria sentido? A culpa é das estrelas. Dão-me esperança quando sinto desespero.

​

José F.

O Incrível Rapaz que Comia Livros, de Oliver Jeffers

Olhos Azuis, Cabelo Preto, de Marguerite Duras

Conheces Alguém Assim?, de Margarida Fonseca Santos

 

O incrível rapaz que comia livros passava a vida fechado no quarto a ler. Só de lá saía para comer. Tudo mudou quando um dia conheceu alguém que também devorava livros. De olhos azuis, cabelo preto e sorriso brilhante, ela não lhe saía da cabeça. Ganhou coragem e declarou-se. Foi retribuído. Sentiu-se o mais sortudo do mundo. Apaixonados, liam juntos na esplanada e discutiam pormenores. Todos os achavam aborrecidos, mas isso não os afetava. Conheces alguém assim?

 

Angel C.

A química dos nossos corações, de Krystal Sutherland 

Um amor para recordar, de Nicholas Sparks

Talvez agora, de Colleen Hoover

 

Logo no primeiro contacto, as emoções borbulharam à superfície de todo o meu ser. Isto poderia confundir-se com o impulso do amor à primeira vista, mas o que senti por ti não foi isso. A química dos nossos corações foi muito mais além. Foi profunda e intensa, um amor para recordar. Talvez agora acredite no amor e saiba como vivê-lo. Sim, agora acredito. Foste tu que me fizeste sentir que era possível viver esta vida a dois.

​

Joana A.

Eu já devia saber, de Bárbara Corby 

Tudo o que nunca fomos, de Alice Kellen

O verão que mudou a minha vida, por Jenny Han 

 

Eu já devia saber que tudo iria mudar. Não estava preparada nem acho que conseguiria estar.

Tu partiste sem mais nem menos e apenas ficou a lembrança de tudo o que nunca fomos. Os meus olhos permaneceram serenos, mas o meu coração pergunta se poderemos alguma vez ser aquilo a que nos propusemos. Naquela tarde de calor perdida, percebi que tinha passado o verão que mudou a minha vida. As mudanças fazem-nos crescer. Tenho esperança no futuro.

 

Matilde M.

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DIA MUNDIAL DA POESIA

Desafio: Usar a citação de Fernando Pessoa abaixo indicada num texto poético de 77 palavras.

 

​

«Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho.»

3.º CICLO â”‚9.º Ano

Vivo sempre no presente

O futuro é pesado e estreito

O presente é um corredor inteiro

E o passado é uma sala vazia

A vida é para aproveitar

Não é para desperdiçar

Mas pode-se lamentar

O passado, já o não tenho

Mas o futuro ainda posso esperar

O futuro, não o conheço

Tem caminhos incertos e desconhecidos

E entre eles está o destino

O destino que todos escolhemos

Com escolhas que nos levam

Ao nosso caminho certo

 

João L.

É amargurante pensar

Que o passado, já o não tenho.

Aconchego-me na doce lembrança

De ter tempo para pensar

E não ter de pensar no tempo.

Receio o tempo

Até porque o futuro, não o conheço

E inquieta-me a sua aproximação,

A ideia do que ainda irei perder,

Das escolhas que faço inseguramente

E, por isso, vivo sempre no presente.

Vivo-o numa incógnita duradoura.

O ontem já foi, o hoje é certo.

E o amanhã assim continuará?

​

Leonor P.

O futuro, não o conheço.

Gostaria de o conhecer.

Mas será que tem preço?

Por vezes, embrulho-me no passado

E viajando nele recordo-me de tudo o que vivi.

O passado, já o não tenho,

Gostaria de o poder reviver

Para saborear as memórias

Que no pensamento ficaram

E que agora, no presente, vagueiam.

Vivo sempre no presente,

Pois é quem me dá força

Para alcançar o tão incerto futuro.

Nele mantenho-me numa montanha-russa

De desilusão e esperança.

​

Inês M.

O futuro, não o conheço,

Mas deixo-me levar pelo que penso

A pensar no que vai acontecer,

A pensar se vai ser verdade.

O passado, já o não tenho,

Mesmo assim não o deixo em paz,

Sempre a acordá-lo do seu sono profundo.

Vivo sempre no presente,

Pelo menos é o que digo a mim e aos outros,

À espera de coisas novas atrás da porta,

Mas não consigo abri-la nem quero.

Gosto de estar aqui perdido.

 

Nuno R.

O passado, já o não tenho,

Só penso no agora,

Aproveitá-lo e saboreá-lo enquanto cá está,

Vivo sempre no presente, como alguns de vós.

Mas tudo passa, até o próprio tempo

Passa como uma brisa de vento.

O futuro, não o conheço,

Não sei o que virá

Agora é aproveitar o momento

E esperar o que chegará.

Tudo vem na hora certa,

Com paciência há de chegar,

Mas não posso ter pressa

Do que hei de conquistar.

 

David V.

O passado, já o não tenho

E aqueles que já cá não estão

Deixaram um pouco de si,

Levaram um pouco de nós.

Memórias para reviver

E sonhos que ambos

Deixaremos por desfrutar.

Mas aí, ao pensar

Abrigo-me no futuro,

Na imensidão de grandes decisões

Que ainda terei que tomar

No futuro que ainda irei viver

E nos caminhos que ainda irei percorrer.

Porém o futuro, não o conheço,

Agarro-me ao agora e

Vivo sempre no presente.

​

Joana A.

Vivo sempre no presente,

Este não me assusta.

É uma dúvida pertinente,

O que virá daqui para a frente?

O futuro, não o conheço,

Nem o tento prever,

Mas nunca me esqueço

Do que poderá acontecer.

O passado, já o não tenho,

Por entre os dedos me escapou,

Passou mesmo rápido demais

E nunca me preocupou.

Tanto para ser vivido

E ainda me prendo às memórias

No passado ficaram,

No presente são criadas e

No futuro relembradas.

​

Matilde M.

O passado, já o não tenho,

Deixou muitas marcas

Umas boas, outras más.

Deixou saudades de alguns momentos,

Mas tenho de seguir em frente,

Pois vivo sempre no presente.

E é agora que tenho de tomar as decisões,

Que irão fazer o meu futuro.

O futuro, não o conheço,

Por isso posso tentar fazer dele

O futuro que imagino.

Mas se não for como eu o imagino?

Ora, isso será comigo

E com todas as minhas escolhas!

​

José F.

O passado, já o não tenho

Mas cometo o erro de o relembrar

E de prender-me em memórias

Que não me deixam continuar

O futuro, não o conheço

Mas tenho esperança de que corra melhor

De que consiga libertar-me

Do enorme peso do passado

E viver uma vida superior

Tenho de afastar-me de pessoas

Que me rebaixam

E me fazem sentir inferior

Vivo sempre no presente

Quero esquecer o passado

Concentrar-me no presente

E planear o futuro

 

Sofia N.

Tudo me preocupa:

O passado que já não tenho,

O presente que está a ser vivido

E o futuro que eu terei.

Com tudo me preocupo.

Preocupo-me, pois isto é a vida

E a vida é tempo,

O tempo passa,

Não quero que passe,

Mas assim é a vida,

Tenho de aceitá-la.

Mas porquê preocupar-me

Se vivo sempre no presente,

Que já nem presente é,

O futuro, não o conheço

E o passado, já o não tenho.

​

Janne B.

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S. VALENTIM

O Amor pela Escrita

3.º CICLO

Histórias de Amor sem a Letra A â”‚9.º Ano

Tatiana M.

Gosto de ti desde que te vi. Contudo, é triste porque nem sempre que quero te tenho comigo. Só suspiro, nem sei como me sinto... É ridículo, porém tudo isto é bonito. Sempre que te vejo, festejo com um beijo.

És perfeito! Penso em ti sempre que me deito. De noite, se tenho frio, desejo um beijinho teu. Pelo escurecer do céu noturno, digo “Meus Deus, ele é mesmo meu!”. Tu és o melhor! E és meu!

​

​

Mariana R.

Fico feliz se te vejo feliz. Gosto mesmo muito de ti e nem sei como te dizer. Se estou triste, penso em ti.

És muito bonito e inteligente. Luminoso como o sol. És enorme, com esse lindo sorriso. És como Zeus, o rei de todos. Gosto muito dos teus olhos cor de couro. Todos os momentos em que estou contigo sonho fortemente com o nosso futuro. Nem sempre te vejo, porém com este sentimento viverei, meu docinho.

​

​

Ana B.

Meu menino perfeito, és esplendoroso como o ouro, muito reluzente e vistoso. Vejo-te e penso que estou no céu porque és como um deus grego. Se te olho nos olhos, tudo é florido, bonito. Logo que foges, o silêncio surge como num filme de terror. Um horror! Sempre que me dizes um segredo no ouvido, o meu corpo estremece. Meu docinho de mel, muito doce e delicioso, és meu e só meu! Gosto muito do teu sorriso.

​

​

Janne B.

Meu querido, és perfeito como o sol e o vento juntos.

Nem sempre pensei que nós pudéssemos ser o que somos hoje. Porém, fico feliz por o sermos.

O meu desejo é que fiques comigo. Sempre que te olho nos olhos, eu sinto-me bem, sinto-me muito contente e fico sorridente. És lindo como o pôr do sol, que eu venero. Gosto deste sentimento novo. Todos os momentos em que estou contigo, o tempo é infinito e perfeito.

​

​

Soraia L.

É um sentimento forte o que sinto dentro de mim. Esse teu rosto de bebé fez-me ver-te meigo como um refúgio terno, gentil, doce. Presentes e muitos beijos teus quero receber e sempre retribuídos neles penso. Porém, coincidentemente, tenho muito medo do futuro, medo de sentir dor, medo do sofrimento. Tento o meu melhor, esquecendo esses tormentos.

Nos momentos muito chuvosos, em que tudo escurece, o teu sorriso é o meu único porto seguro, definido e reluzente.

Ana B.

Vendo esses olhos intensos e profundos, só me lembro do outono, meu Ferrero Rocher cheirosinho.

Em nenhum momento me deixes só. Por isso, espero que fiques o resto do teu tempo comigo somente. Penso em nós e no nosso futuro com dois lindos felinos e três periquitos verdes de bico roxo. Que felizes poderemos ser! És precioso como um rubi. O teu sorriso é generoso e é o meu porto seguro.

Gosto de ti, meu querido bombom!

Isabel M.

Sinto um fogo imenso logo que te vejo. Porém, tu nem me vês nem emites nenhum interesse. Nem sei porque sinto isto por ti. Odeio estes sentimentos.

És o meu bebezinho preferido, tímido contudo lindo. Sempre que te encontro de novo, não te consigo esquecer. Nem sei como consigo viver longe de ti e o pior é que tu nem sequer deves sentir um pouco deste fogo que sinto mesmo por ti.

És o meu mundo perfeito.

​

​

Nuno R.

Eu gosto muito de ti, porém nem sei como dizer-te o que sinto.

É incompreensível ver-te só. Ouso, por isso, escrever-te os meus sentimentos neste documento. No ponto deste meu ciclo de existir, é costume eu refletir sobre nós… Existe um nós? Quero ver-te comigo em momentos exclusivos. Contudo, sei que os meus sonhos hoje concluem. Suspenderei os meus projetos contigo. Gosto mesmo de ti… Sei que em nenhum momento serei o teu objetivo. Desejo-te o melhor.

​

Miriam N.

Nem sei o que dizer sobre ti… És um ser puro e bondoso. És como um mirtilo doce e gostoso. Perco-me sempre que vejo os teus olhos verdes musgo. Sonho contigo e com esse teu sorriso sereno e luminoso. Todos os momentos felizes ocorrem no tempo em que te tenho perto de mim. És o meu porto seguro. Este é um sentimento tolo porque nem sequer é recíproco, contudo viverei com isso… Gosto mesmo muito de ti!

​

​

Angel M.

Celeste, gosto de ti. Contudo, estou em frente dos teus olhos e nem vês os meus. Como te olho com fé…

Quero dizer-te como gosto de ti… Este sonho contigo é impossível? Os opostos podem ser felizes. Tu és flor e eu espinho. Unidos, somos fortes.

Quero dizer-te que penso muito em ti e no nosso futuro juntos. És o meu poste de luz no meio do escuro que me persegue.

Preciso de ti. Gosto de ti.

​

​

​

Jéssica M.

Meu querido, és o meu único refúgio, porém o que sinto por ti é tontice. Fico contente de te ver feliz. Contudo, é injusto que me ignores. É injusto ver-te com outro. É ilusório esse sentimento que ele sente por ti, meu querido.

Os meus olhos veem somente os teus. És tu o meu Morfeu! Tu és um sonho que me constrói e destrói. O choro de muitos por ti consigo ouvir, incluindo o meu de dor…

​

​

André P.

Dolores, gosto mesmo de ti e sinto que fiquei muito tempo longe de ti. És o meu bombom de creme de coco. És o meu docinho querido.

Sei que nos sentimos tristes um com o outro. Sim, eu sei. Penso em ti o tempo todo. Ver-te é como escrever um livro, que leio e releio com interesse.

Morro por ti. Quero-te sempre perto de mim. Por ti, eu modifico os meus objetivos. Pelos teus olhos pretos choro.

​

​

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2.º CICLO

Acrósticos de S. Valentim │6.º Ano

   S. Valentim com Leituras Apaixonantes│ EIS ALGUMAS SUGESTÕES 

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3.º Ciclo │ 9.º Ano

Receita de Ano Novo, de Tatiana M.

Ingredientes:

500 g de saúde

300 g de amor

250 g de paciência

200 g de tempo

100 g de ternura

1 pitada de tolerância

1 chávena de compreensão

 

Modo de preparação:

Num tacho, junte a saúde com a paciência e, com uma colher de pau, mexa com muito cuidado. Aos poucos, vá adicionando água.

Numa frigideira, com o lume baixo, adicione a chávena de compreensão com a tolerância e vá mexendo aos poucos para não agarrar à frigideira. Entretanto, coloque no liquidificador o amor com o tempo até formar uma textura consistente.

Por fim, unte uma forma com os 100 g de ternura e deite tudo lá para dentro em camadas. Leve ao forno durante 45 minutos.

​

Receita de Ano Novo, de Jéssica M.

Ingredientes:

2 kg de paciência

500 g de tempo

2 chávenas de saúde

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Modo de preparação:

Adicione à sua vida os 2 kg de paciência para aguentar a estupidez de algumas pessoas ao seu redor. Depois, junte os 500 g de tempo para que possa relaxar e divertir-se. Aos poucos, adicione as 2 chávenas de saúde para passar mais tempo com a família e fazer tudo o que quiser. Misture bem e meta no frigorífico.

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Receita de Ano Novo, de Mariana R.

Ingredientes:

3 latas de saúde

2 canecas de TV

1 colher de sopa de terapia

paciência q.b.

 

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Modo de preparação:

Coloque as 3 latas de saúde numa panela e junte com 2 canecas de TV. Deixe repousar. A seguir, adicione a colher de sopa de terapia e misture com força, sem deixar agarrar à panela, sempre em lume brando.

Por fim, guarde num Tupperware e polvilhe com paciência, a gosto.

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NATAL 2022

O Natal feito e sentido pelas crianças!

Desafio: Em 77 palavras, transformar as crianças nas verdadeiras protagonistas do Natal.

3.º Ciclo

André P.

O pai Natal, este ano, somos nós, as crianças. Nós é que vamos distribuir as prendas de Natal. As maiores e melhores serão oferecidas às famílias mais pobres e que têm menos possibilidades de as comprar.

Somos nós que iremos confecionar a ceia de Natal tão esperada: bacalhau com ovos mexidos, fatias douradas, chocolate quente e muitos bolos. Doces como musse, pudim e gelatina também não faltarão. 

A lareira continuará a ter a sua magia de sempre.

Leonor P.

Quando entrei em casa da avó, não ouvi todo o barulho que ouvia nos anos anteriores.

Entrei na sala e só vi a avó e os tios. Procurei pelos corredores, mas ninguém aparecia. Eu via a árvore decorada, a mesa cheia, mas sentia que faltava alguém, alguém especial e que não podia faltar ali.

De repente parei de procurar e sentei-me à mesa. E foi então que vi a ausência. Lembrei-me que as estrelinhas não conseguem regressar.

​

Angel M.

Eu sou o Ângelo e tenho um irmão, o Alfredo. Temos 7 anos e nós, este ano, é que mandamos no Natal.

A ementa será muito diferente: nada de sopa... Batatas fritas com muito sal, frango assado, banana frita, brigadeiros, donuts de chocolate e musse de chocolate! 

Os adultos viajarão para a Lapónia e a televisão ficará só para nós os dois jogarmos PS. As prendas serão uma PS5 e toneladas de jogos. 

Isto seria perfeito!

Inês M.

 Nesta altura do ano, em todas as casas, chovem sorrisos. Na minha não é diferente, mas a ausência de uma pessoa enche o coração de mágoa.

Apesar disso, nós, com o nosso poder de animação, tornamos cada Natal simplesmente feliz.

A mesa está cheia de coisas boas, a árvore está rodeada de prendas, o ar é invadido por gargalhadas.

Depois, sentados no sofá, recordamos todas as memórias existentes de quem, infelizmente, só está presente nos nossos corações.

Dinis P.

Aqui vão 77 palavras para o meu Natal perfeito.

Para mim, o Natal é magnífico se estiver comigo a família toda reunida, contente e feliz. Isso vale mais do que qualquer prenda.

Adoro estar sempre com a minha família toda, mas algumas pessoas, infelizmente, já não cá estão e eu, se pudesse, dava todos os meus presentes para as ter de volta.

Eu acho que devemos aproveitar todos estes momentos ao máximo, pois eles não são eternos.

Matilde M.

O Natal a chegar e eu sem poder passá-lo contigo.

Tenho 10 anos e devia preocupar-me com os presentes, mas só consigo pensar que, este ano, não vais estar lá para me dares colinho ao fim da noite.

Para muitas crianças, o importante são as prendas, para mim, eras tu. O Natal perfeito era voltares, seria a melhor prenda de sempre!

Será o segundo Natal a ver aquele vazio na mesa, sentindo o quanto me fazes falta…

José F.

Que prendas dar?

Para os meus tios, pode ser um perfume daqueles das revistas; para as tias, pode ser uma pulseira das que vejo na montra da loja perto de minha casa.

Para os quatro primos, pode ser um robô dos que fazem sons.

Para a avó, deixa lá pensar, pode ser um telemóvel porque o dela está estragado.

Para os meus pais, podia ser um fim de semana sem me aturar.

Para mim, qualquer coisa serve.

Joana A.

É Natal outra vez! Mais um ano se passou num estalar de dedos e, quando nos apercebemos, a mesa de Natal, que sempre fora enorme, vai diminuindo. As cadeiras vão ficando vazias e os nossos corações também.

Eras o meu porto de abrigo… Aperceber-me de que na minha época favorita não te tenho cá angustia-me. Como organizar tudo sem ti? Porém, a vida continua! Ficaste-me na lembrança, deixaste um pouco de ti, levaste um pouco de mim…

David P.

Eu chamo-me Nicolau e, num piscar de olhos, fiz desaparecer os adultos.

No princípio, fiquei assustado, mas agora até acho que foi bem fixe.

Este ano, será diferente e será o melhor Natal de sempre!

Haverá muitos amigos lá em casa e melhores presentes. Eu já estava farto de receber meias!

Na mesa, haverá tudo o que as crianças adoram: muitos doces e refrigerantes.

Não haverá horas para ir para a cama, ficaremos acordados até de manhã.

Texto coletivo (SA+ 7.º A)

Um Natal diferente. Na casa da avó, este ano, há piza, lasanha, brigadeiros, tarte de natas, doce da avó e Kidibul de maçã.
Os adultos ficaram chocados, mas não têm outra opção. Este ano mandamos nós.
Os presentes são abertos depois de cantarmos os parabéns ao Menino Jesus porque é o seu aniversário.
Não queremos meias nem protetores de orelhas e muito menos canecas com o nosso nome. Além disso, os adultos terão de inventar novas piadas!

Texto coletivo (SA+ 7.º B)

A reforma do Pai Natal chegou: as crianças acordaram na sua fábrica mágica. Há tapetes rolantes cheios de brinquedos, fontes de chocolate e caixotes voadores com jogos e muita música no ar à espera de todos.

Lá fora, as renas estão prontas para partir com as prendas. Guiadas por elfos, distribuirão paz, amor e carinho pelo mundo. 

Os presentes enviados pelo velhote reformado serão entregues cuidadosamente de casa em casa como ele fazia.

Feliz Natal a todos!

Texto coletivo (SA+ 9.º B)

É Natal! O que é a comida? O que são os presentes? Quando é que os avós chegam?
Da cozinha sente-se o cheirinho a peru e a bacalhau... Enquanto a mãe está atarefada, nós tentamos, às escondidas, descobrir quais serão as nossas prendas.
A algazarra é interrompida pelo toque da campainha. Os avós chegaram finalmente! E com eles muito carinho, beijos e abracinhos.
A família reúne-se à mesa. Ouvem-se barulhos vindos da lareira... Chegou o Pai Natal!
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Dia Mundial de Combate ao Bullying

Anualmente, no dia 20 de outubro, assinala-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying, com o objetivo de alertar para fenómenos de violência que se registam com uma frequência preocupante na vida das crianças e dos jovens, causando dor e angústia nas vítimas.

Com base no desafio n.º 174 - História de Bullying (blogue Histórias em 77 Palavras), os alunos foram desafiados a escrever histórias, relatadas na 1.ª pessoa, onde, sem nunca usar a palavra bullying, contaram várias situações de bullying.

3.º Ciclo

Matilde M.

Lá vêm eles outra vez e mais uma e outra, nunca se cansam! Porquê eu? Estou farta, as minhas pernas, os meus braços nunca podem andar à mostra. Dizem que estou magra, mas o meu espelho diz o contrário! Quanto mais dizem para eu comer, menos eu consigo. Não sei qual o meu pior pesadelo: os corredores da escola ou o maldito espelho?

Todos os dias só quero chegar a casa, ao meu porto seguro, e isolar-me.

José F.

Chegar à escola e ter de pensar que os vou ouvir novamente... Aquelas vozes... Não me quero lembrar daqueles insultos sobre mim e sobre como ando vestido dia após dia.

Só de pensar que, ao chegar a casa, ainda tenho de levar com aquelas mensagens todas a entrarem no meu telemóvel...

Poderei fazer alguma coisa? E se ficar tudo ainda pior? Devo contar a alguém? 

Vou enfrentar este grande medo que me atormenta!

Falei com a professora...

Joana A.

Estou cansada desta situação, o que terei feito agora? É o dia todo a chamarem-me nomes: "ó gorda", "vai emagrecer".

Metem-se comigo pelo meu aspeto? Que tristeza... Aproveitam-se da minha fragilidade e sou alvo de chacota! Até que apareceste e sorriste-me. Fizeste-me voltar a acreditar que era possível defender-me. Se não fosses tu, o que teria sido de mim? Afinal a vida vale a pena.

Já Anne Frank dizia: "apesar de tudo, ainda acredito na bondade humana".

Leonor P.

Olhei-me ao espelho e vi algo que, por alguma razão, agora já não gostava. As minhas formas tornaram-se feias ao meu olhar. Momentaneamente, olhei para a cicatriz no meu braço e perguntei-me se teria culpa: "O mundo é tão lindo e depois existo eu!". Se, nos contos de fadas, a maçã se torna veneno, na vida real, as palavras são facadas. Deverei esconder a maldita cicatriz? São palavras apenas... 

Deveriam ser bonitas, não algo que magoa, tortura.

Dinis P.

Que fiz eu, meu Deus? —

pensava para dentro de mim. Que mal teria feito para merecer isto? Estava tão sossegado quando, mais uma vez, dois braços me agarraram e vários punhos me chegaram à barriga. Foi tal a dor que gritei por ajuda.

Entretanto, vieste tu! A pessoa que sempre esteve lá para mim. Fizeste-os desaparecer e nunca mais voltar.

Sempre me disseste que os amigos estão cá para tudo e, pelos vistos, é verdade. Obrigado!

André P.

Mais um dia, cheguei à escola e vi os meus agressores. Já sabia que me iam atacar novamente. Tentei desviar-me, defender-me, mas eles eram quatro e eu era só um.

Começaram logo a bater-me até que apareceu um "anjo" que me ajudou. Eu reconheci-o de imediato. Era um grande amigo meu que ficará para a vida toda.

Se não fosse ele, teria levado uns socos na cara, na barriga, nas costas... Onde calhasse...

Este "anjo" protegeu-me sempre.

Inês M. 

Gorda! Era o que me chamavas todos os dias. E eu gostaria de questionar-te se não podia ser como queria, se o meu corpo influenciava a tua vida. Mas não! Não conseguia, pois a única coisa que conseguia era perdoar-te sempre. O que chamavas deixava-me a pensar. Terei que emagrecer? Emagrecer fará com que as pessoas gostem mais de mim?

De repente, a balança tornou-se assustadora e os números que nela apareciam eram torturantes. Deixarei de comer?

Texto coletivo (SA+ 7.º A)

Baleia! Redonda! Orca andante! Balofa! Tantos nomes feios para uma só pessoa... Ninguém merece ser chamado assim... Mas é isto que eu ouço quando entro na escola. Os meus colegas não sabem o quanto me magoam. Nunca pedem desculpa a não ser que diga à Diretora de Turma.

Aí parecem uns santinhos: "Desculpa, nunca mais volto a fazer isso.", "Era só uma brincadeira!", "Não te chateies!"...

Volto a perdoar a pedido da professora, mas a dor continua...

Angel M.

Quando cheguei à escola, no meu primeiro dia de aulas, senti-me assustado porque vinha de outro país.

Sentia que era olhado de uma forma esquisita, como se fosse de outro planeta. Ouvia chamarem-me nomes, mas não percebia o que eles queriam dizer. 

Mais tarde, quando consegui perceber a língua portuguesa, comecei a participar nas aulas, mas todos se riam de mim. Passei a ignorar as ofensas... Tive medo que me batessem... Foi então que contei à professora.

Texto coletivo (SA+ 7.º B)

Mais um pontapé... Mais um murro e uma cotovelada... Mais uma joelhada... Foi o que aconteceu quando entrei para a minha nova escola. Quem me dera que isso acabasse!

Um dia, tive coragem de partilhar a minha raiva com o meu pai. Logo a seguir, ele foi à Direção apresentar queixa dos agressores.

Depois de um processo disciplinar, durante o primeiro período letivo, já ninguém me aborrecia e alguns até se tornaram meus amigos. Haja muita esperança!

Ana M.

Bateram-me novamente. Batem-me todos os dias. Estou farta!

Não há um simples dia em que não ouça críticas: "És feia, gorda, estúpida, parva...", "Surda, pareces uma rede de arames!". E, claro, como não podia faltar, levo sempre um murro ou um pontapé.

Às vezes, escondo-me, choro na escola, mas, quando me encontram, batem-me e gozam comigo.

Nunca pensei que iria conseguir que deixassem de me ridicularizar. No fundo, há sempre alguém que nos defenda, os nossos amigos.

Texto coletivo (SA+ 9.º B)

Apaguei a conta no Instagram!!!

Já não suporto ler mais comentários maldosos... Cada um sabe de si, mas todos se querem meter na minha vida. Com quem ando e saio, com quem falo, com quem namoro?

As minhas fotos são sempre motivo de risota e comentários horríveis.

Parece que nunca faço nada de jeito! Só tenho vontade de chorar... 

Quem me vale é o meu gato Bisteca, esse ouve-me incondicionalmente. Os miminhos da avó também sabem bem.

​

2.º Ciclo

Maria C.

Oh! Porquê comigo de novo? Chega! Hoje vou dizer o que se passa. Não consigo esconder

mais! Vou dizer à minha mãe.

— Mãe, preciso de falar. É algo que me está a fazer mal, algo que me está a destruir. Estou a

sofrer, há dois anos que tenho sido maltratada psicologicamente por algumas colegas da escola. O motivo é sempre o mesmo, a dedicação ao estudo. Já chorei tantas vezes. Sinto que se afastam de mim!

Gustavo R.

Eu sofri agressões. Começou no ano passado! Pensei que este ano fosse melhorar. Enganei-me como sempre. Estava encantado com o ano a passar, já era fevereiro, espera! Já era março! Era incrível, até que… Estava na escola e duas pessoas, bem conhecidas, vieram ter comigo e começaram novamente a chamar-me nomes e outras coisas. Foi horrível! Não, tenebroso! Pior, assustador! Foi o pior momento até então! Será que irei sair desta situação? Será sempre assim? Não sei!

Manuel F.

Três anos! Foi quando tudo começou. Um menino mais velho começou a chamar-me nomes. Nomes como parvo, idiota e, como era pequeno, levei isso a peito e guardei esses sentimentos feios. Hoje em dia, simplesmente ignoro! Aprendi a lidar com estas atitudes incorretas. Contudo, ainda me chateio quando o fazem, principalmente aos mais novos, tal como eu fui! Estou sempre atento para tentar proteger como não fui e aconselho-os a aprender a defender-se e a ter voz.

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É IMPORTANTE:

​

- Contar a alguém o que se está a passar;

- Procurar a ajuda de um adulto (professor, funcionário, pais/encarregados de educação, psicólogo...);

- Evitar estar sozinho em locais isolados;

- Fazer o percurso de casa para a escola e vice-versa sempre acompanhado.

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